segunda-feira, 5 de julho de 2010

Sobre mim


Comecei o blog despejando textos e esqueci de me apresentar formalmente. Eis-me, então, em linhas gerais:


Moisés Costa Neto, parahybano com sotaque forte, historiador por formação, sociólogo por pós-graduação, ex-evangélico, não sou marido de ninguém, não tenho filhos, mas plantei uma flor no quintal de casa, e, agora, ela floresce loucamente. Vocês precisam vê-la. Filho de pais divorciados, neto de avós falecidos. Todos eles. Nascido em 20 de junho e, como todo bom geminiano, não acredito em horóscopo. Às vezes, gosto mais de Gramática que de História, apesar de me enrolar um tanto na sintaxe, esquecendo as subordinativas, confundindo as coordenativas e usando, com boa constância, as aliterações.

Por increça que parível, tenho preguiça de escrever. Desisto mil vezes de um mesmo texto e escrevo vários ao mesmo tempo. Adoro ler, ler é minha vida. A leitura foi minha irmã mais velha, minha babá e, algumas vezes, minha mãe. Gosto dos oitocentistas: Machado de Assis, Bernardo Guimarães, Aluísio Azevedo, Tolstói, Victor Hugo, Alan Poe. Tenho várias traduções de "Robinson Crusoé", livro que me acompanhou boa parte de minha infância e adolescência, releio-o, pelo menos, uma vez por ano.

Amo meus amigos. Dois em especial, que me inspiram e me põem para cima. Uma está em Campina Grande; outro, em Brasília. Apesar do meu jeito ausente, penso constantemente neles e agradeço à sorte por tê-los sempre comigo, "longe dos olhos, mas perto do coração". Para não ser injusto, lembrarei aqui, de nome, dos mais diletos: Edson, Bia, Mayrinne, Renata, Liliane, Andréia, Uendry, Yoko, George, Igor e Danilo. Vejo-os pouco, mas, naqueles breves momentos, sinto profundo afeto por todos. São parte de mim, parte do que sou e do que quero ser.

Gosto de tatuagens. Tenho quatro e já encomendei a quinta. Se pudesse, faria várias, mas creio que ficaria esteticamente feio. Paro nessa quinta mesmo. Tenho PAVOR de duas coisas: dentistas e ratos. Enfrento o primeiro a cada seis meses, como manda o Ministério da Saúde, e corro do segundo, sem pudor. Gosto de gatos, porque eles não gostam de ratos. Fui adotado por uma poodle de 25 centímetros, a qual me recebe no portão, sempre que chego em casa.

Sou eclético no gosto musical. Ouço de tudo, mas, especialmente, Regina Spektor, Alanis Morissette e Oren Lavie. Gosto do Chico, o Buarque, porque é bom letrista e politicamente de esquerda. Desconheço essas cantoras novas que apareceram por aí: Maria Gadu, Maria do Céu, Maria da Penha, Maria da Silva, entre outras Marias. Vez ou outra, escuto uma música evangélica, pela saudade de meus amigos cristãos. Tenho amigos que são amigos de Cristo. É saudável ter bons contatos.

Sou, como diz um conhecido, um esquerdóide. Votei no Lula duas vezes, votaria a terceira, e, se fôssemos monarquistas, queria que ele fosse nosso rei. Simpatizo com o Partido da Causa Operária, porque respondem com radicalismo ao radicalismo do capital. Sonho com uma sociedade igualitária, com saúde, educação, lazer e trabalho, públicos e de qualidade, para todos. Ouso dizer que sou socialista, meio capenga, meio desiludido, mas ciente do que o capitalismo é capaz. Já fui bem pobre. Andava a pé, porque tinha que escolher entre ir de ônibus para o trabalho ou para a universidade. Hoje, ganho mais que minha mãe.

Professor, nutro, sem demagogia ou hipocrisia, afeto por TODOS os meus alunos, incluindo aqueles que não me dão sossego. Grito, dou carão, expulso de sala, faço sermões montanhescos, pego no pé, mas elogio, trato com cuidado, respeito e rio com eles. Eles me acham rigoroso, grosso, intolerante, mas, no fundo, eles me amam.

Sou um homem apaixonado. Atual e infelizmente não-correspondido. A vida me deu e ela mesma tomou. Sou um Jó no amor, eu diria. Nesse sentido, não sei como será meu futuro. Certamente, encontrarei alguém, caso contrário sempre estarei disposto a segurar vela para os casais de amigos. Sou ciumento e inseguro, pois a infância me deixou uns certos traumas. Sou romântico, de verdade. Mando SMS, escrevo bilhetes, dou flores, levo para jantar, seguro a mão no cinema, sonho com a pessoa, penso na cor das cortinas e programo viagens imaginárias para lugares distantes. Sempre a dois.

Pronto. Minha descrição coube em uns poucos parágrafos, mas, como disse um sábio internacionalmente desconhecido cujo nome não me vem à memória, "definir é limitar". Limitado, cá estou eu, em palavras, para vocês, parcos e diletos leitores.


Grande abraço.



P.S.: Defeitos ficam em um post scriptum. Tenho muitos, e isso basta.

10 comentários:

FOXX disse...

já disse a vc q nutro uma paixão platônica pelo senhor né?

se não disse, tá dito!

Edson Vasconcelos disse...

Só faltou o arremate final: "essa é minha vida. Esse é meu clube".

Em tempo: eu também o amo, companheiro.

Naraiana Santos disse...

Prazer em conhecê-lo!

Eveline disse...

Adorei a sua descrição! Criativa e exala muitos sentires. =)

mirella disse...

Moisés...nossa! achei demais sua definição. sou sua fã. bjos, querido.

Ítalo Brito disse...

Putz... Depois dessa descrição, temos mais um apixanado platônico por ti, Moisés! rs

Ítalo Brito disse...

Putz... Depois dessa descrição, temos mais um apaixonado platônico por ti, Moisés! rs

Moisés disse...

Mais um, Ítalo? Quem é a outra pessoa?

laura disse...

professor, já mencionei a grande admiração que tenho pelo senhor? :) haha
não só em sala de aula, que não é pouca coisa, mas pelos textos, gosto musical e pela alguma coisa que eu consegui extrair disso tudo que lhe define como pessoa. talvez seja porque me identifico em muitos aspectos (:x hehe) e como o sr deve saber, narciso gosta do que é espelho.
nada disso é segredo nem novidade pra quem me conhece, mas achei que o sr ficaria feliz em saber. :)
abraço.

Andréia Martins disse...

Amo você, meu bem! Sinto-me honrada em saber, por escrito, feito um atestado, que minha amizade é tão importante... tenha a certeza inabalável que sinto o mesmo... e saudades, sempre, dos nossos dias de muito capuccino e cuzcuz! Eles ainda voltarão!
TE AMO!